O que eu quero
Não tem tamanho.
Não cabe na mala,
Tampouco no sonho.
O que eu quero
Não se paga com moeda.
Tem a consistência gostosa
Do cetim, palha, pêlo e pedra.
Quero o que é bom
para o filósofo, para o burocrata,
para o velho e o rapaz.
Mas se, qualquer dia sesses,
um gaiato der nome e sobrenome
a isso que eu quero,
Danou-se:
Morreu, perdeu a graça,
e já não vou desejá-lo nunca mais.
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