Não quero fazer poesia sobre coisas profundas.
Sou do tipo que encara a santidade de chinelos e bermudas!
Não quero a metafísica, pois ela não faz frente aos fatos:
Sou do tipo que vive à flor da pele, onde tudo é deliciosamente imediato!
Nesta madrugada veloz
não serei como o tolo que procura o amor eterno:
antes venha a mim qualquer corpo feroz
que dê fim a este longo inverno.
Quero cantar àquele que me venha tocar os pêlos,
que saiba invadir como quem pede licença, e parar como quem segue adiante,
e com os quereres da alma soberanos aos cálculos da mente
saiba amar amiúde, sem pressa, com força e com zelo.
Nesta madrugada veloz como um trem
sou passageiro de uma única verdade:
metade de mim é vontade
e a outra metade também!
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