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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MITOCÔNDRIA



És uma deusa de morte e vida
como se tu, divina organela atrevida
fosses ao mesmo tempo Shiva, Brahma e Vishnu.
Tens a forma da semente primordial, o grão cru
que germina de fora para dentro, inteligente
simbiótica dona de casa, zeladora dos eucariontes.
Em tua cama de vilosidades e tecidos tão rugosos
queimam como numa panela os afetos mais gostosos
as flores de açúcar dadas com carinho e como oferenda
são o teu combustível, que nos devolve como santificada merenda
que o corpo vai precisar a cada minuto de cada santo e glorioso dia
para sobreviver, andar, correr, lutar, crescer, amar, e escrever poesia!






- Só para provar que as nossas antigas aulas de Ciências também podem render poesia. Dedico esse poema aos meus bons professores de Biologia! :)

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