Não venha me contar de heroísmos, de grandes feitos,
de porres homéricos, de amores feéricos, de viagens á America.
Não cantes teus poemas da alcova, versos de malandro ou marginal.
O que me interessa é aquela paz da rotina, a rima cotidiana,
a pitadinha de sal que nos faz mais gostosos, posto que mais humanos.
Quando me pega pelas ancas, lavando louça molhando o seio
de porres homéricos, de amores feéricos, de viagens á America.
Não cantes teus poemas da alcova, versos de malandro ou marginal.
O que me interessa é aquela paz da rotina, a rima cotidiana,
a pitadinha de sal que nos faz mais gostosos, posto que mais humanos.
Quando me pega pelas ancas, lavando louça molhando o seio
que se entumesce com a água fria e seu toque,
ajoelhando-me pra recolher do chão, tudo que derrubamos na ânsia,
ajoelhando-me pra recolher do chão, tudo que derrubamos na ânsia,
não resisto à ocasião...o teu roçar quase imperceptível
derrama um calor incrível, enquanto mexo meu caldeirão,
essas coisinhas de cama, banho, cozinha, essa vidinha gostosa
essas coisinhas de cama, banho, cozinha, essa vidinha gostosa
de cabelos desgrenhados e calça de moletom. Você sem vergonha, eu sem batom
no meio da tarde, trocando carícias, cantando qualquer música brega e fora do tom.
Conta-me a tua vida banal, porque é assim que te quero.
Muito esmero, muito cuidado, muito cálculo... tudo muito artificial.
Viva a banalidade, porque é no trivial que a gente descobre quem é genial!
no meio da tarde, trocando carícias, cantando qualquer música brega e fora do tom.
Conta-me a tua vida banal, porque é assim que te quero.
Muito esmero, muito cuidado, muito cálculo... tudo muito artificial.
Viva a banalidade, porque é no trivial que a gente descobre quem é genial!
Obrigada querido. Você é um craque. Foi um prazer escrever com vc. Beijo banal.
ResponderExcluirMarfiza, musa, e agora parceira de poesia. Minha alma se contorce em gozos metafísicos, rs rs rs...
ResponderExcluirOnde é o botão de curtir? rs
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