Vivo,
via de regra
sob a espada.
via de regra
sob a espada.
Não peço trégua.
Cada dia, cada
hora vivida
um fulgor:
hora vivida
um fulgor:
moeda de prata
deixada, escorregada
entre os dedos,
rolada, caída
deixada, escorregada
entre os dedos,
rolada, caída
no poço escuro
para onde vão esses tempos
que são meus, que são nossos
e que são pó e purpurina
caco de vidro, névoa, ossos,
para onde vão esses tempos
que são meus, que são nossos
e que são pó e purpurina
caco de vidro, névoa, ossos,
magma, neve, neblina
ferro, linho, pedra, semente,
tudo o que é maravilhoso
e ao mesmo tempo
sem valor
ferro, linho, pedra, semente,
tudo o que é maravilhoso
e ao mesmo tempo
sem valor
como o esplendor
de cada dia, cada
moeda prateada
atirada sem medo
neste fosso negro
de cada dia, cada
moeda prateada
atirada sem medo
neste fosso negro
onde guerra e sossego
são gumes do mesmo punhal
tudo ao mesmo tempo, tudo, tudo,
o bem, o mal, e nós no meio,
são gumes do mesmo punhal
tudo ao mesmo tempo, tudo, tudo,
o bem, o mal, e nós no meio,
sangue nos olhos,
ferro nas veias,
cada um, cada qual
cumprindo seu destino
de enfim tornar-se
nada
ferro nas veias,
cada um, cada qual
cumprindo seu destino
de enfim tornar-se
nada
um vazio vivo,
um rio parado,
a montanha fluindo,
a vida seguindo
um rio parado,
a montanha fluindo,
a vida seguindo
sem trégua
via de regra
sob a espada.
via de regra
sob a espada.
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