há uma pedra que arde
e não se pode pôr a mão.
Não é lápis lazuli, carvão, prata,
nem os tesouros perdidos outrora.
Queima de dentro para fora:
coração.
Pedra de fogo, palavra em chama
que machuca fundo enquanto não falo
o verbo tórrido que me toma
assim de repente, num estouro
que me faz tentar apagá-lo
rabiscando um poema
e engolindo o choro.
[Num silêncio de magma
garimpo versos de ouro.]
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