No meio da tarde retirei meu sabre da bainha
e a rainha de todas as lâminas - minha alma -
tremeu ao ver brilhar a luz do metal frio
ávido por abrir sulcos em carne alheia
e ver das veias partidas nascerem rios.
No meio da tarde retirei da bainha o meu sabre
e uma febre imensa arrebatou meu momento de calma
tendo nas palmas trêmulas o corpo sagaz e sereno
de uma criatura que vigia com olhos de faca cega:
em sua sabedoria, o dragão ignora o bem, e tampouco sabe
o que é o mal.
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