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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

COMO NASCEM AS ESTRELAS



Como nascem as estrelas?

[Poesia colaborativa de Marcelo Sousa e Thauan Raposo.]


Meus heróis são anti-heróis por natureza.
Carne, osso e desequilíbrio. 
Nisso consiste a sua beleza!
O olhar feérico dos caçadores de dragões.
A ternura dos esmagadores de crânios.
O espírito livre dos santos prostituídos
por deuses que só desejam fornicar.
Meus heróis são anões perto de mim
mas sua barba de algodão e sua capa de cetim
fazem com que eles sejam tão irônicamente estranhos
que só poderiam ser habitantes dos meus sonhos
e todos sabem o quanto são poderosos
os entes que habitam nosso sub-consciente.
O cerebelo do poeta
para os deuses é uma caminha aconchegante!
Vejo-os voando com uma certeza precária
e torço para que caiam, para melhor fim da história!
Os meus heróis buscam fracassar com orgulho
e jamais usar as sandálias de qualquer vitória!
Meus heróis são assim, os que se machucam
mas levantam com um sorriso amarelo
e caminham em direção ao pôr-do-sol
dizendo: não foi nada! Amanhã tentaremos novamente!
É nessas horas que transborda vida, clara e faiscante
sob a alcunha de amante, mulher ou enfim, estrela.
[Deus no céu escolhe uma cor bem bonita
e no manto escuro da noite Ele pinta.]
Assim vamos dormir nosso sono desabrigado
sem precisar de teto, portas, travas, trincos ou trincas.
Quando um poeta sonha, uma estrela nasce
e fica claro com quem o Cosmos brinca!



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