O lobo
respira suave
atrás da porta.
As unhas guardadas
na almofada de pelúcia
esperam, esperam.
A fera
que ainda não vejo
não tem pressa.
Por uma fresta
vaza a luz negra
daqueles olhinhos
bonitos, pretos.
De repente,
um trovão, um murro,
um grito, um uivo,
uma baforada.
Meu amor
abre a porta,
pega minha mão:
sua presença
me aquece.
Meu amor
abre a porta,
pega minha mão
e o lobo, esperto,
desaparece.
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