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quinta-feira, 6 de junho de 2013

SONETO DO FILHO PRÓDIGO




Não me contento com vícios baratos, 
Com amores que não usem fantasias, 
Com sonhos que não se encaixem nos fatos,
Com palavras que não acabem em poesia.

Não me contento com corpos frios,
Com cabeças que só pensam em linha reta,
Com gente que não se deixa fluir como um rio,
Com religiões cujo Deus não seja poeta.

Não me contento em não ter o bom vinho.
E mesmo que o diabo amasse meu pão de cada dia
Saberei encontrar entre as ramas coloridas do poente
o bom verso.]

Cabe a mim viver de brisa e tempestade.
E mesmo que Deus finja ignorar minha poesia
Eu, filho pródigo, voltarei sorrindo para o ventre
Do universo.]

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