Não me chamem de poeta.
Não me coloquem no seu balaio.
Não batam palmas, nem gritem bravo!
Eu sou rasteiro.
Eu ando cabisbaixo.
Eu não canto a lira fácil.
Eu não canto a modinha dócil.
Não me chamem de poeta.
Não me convidem para qualquer sarau.
Não me venham com sorrisos.
Eu sou lagarta.
Estou nulo em meu casulo.
Não sou poeta.
Mas qualquer dia
Eu me livro de vocês:
Vou virar borboleta!
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