Muito errado.
Muitíssimo errado.
Tuas feridas são portões escancarados.
Teu sangue rola frio e negro como esgoto.
És um pária. Mereces o apedrejamento.
És farrapo imundo, trapo roto.
Teu ofício te prejudica, te maltrata.
Tua natureza é ser a falsa prata.
Fruta bonita, que esconde o verme.
Flor espinhosa que causa dores enormes.
Por isso, por ser mau, és bom.
Este mal que fazes é seu divino dom.
Maldita a boca que te beija.
Bendito poeta você seja!
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