O saber é ilusório.
Sabe-se o que se quer.
Mas sabe-se o que é?
Sabemos o que vem.
Mas a mando de quem?
Já não saber
Exige o compulsório ato
De esperar pacientemente
Como faziam antes os fotógrafos
Aguardando a cena condensar-se no retrato.
Saber é decidir.
Decide-se sobre o que se quer.
Por isso, ao falar de amor,
Jamais diga que sabes que ama.
Nunca diga que ama quem se olha.
Amar não é saber.
É fazer no escuro
E de olhos vendados
A mais terrível das escolhas.
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