Minha paleta de dores.
Os quadros pintados na carne.
Os riscos e rabiscos no cerne.
O asco dos que nos amam por obrigação.
Os frascos de fel, perfume de ruína e redenção.
Os odores do dia comum.
Os olores do corpo: mais um.
Corpos, tortos, pagantes.
Demandam amores plásticos.
Querem, pedem, desejam, arfantes.
Seus rompantes de quase-morte nos assustam.
Escolhem-nos na feira livre, tristes frutas.
Somos artistas, uma nova e mais
(ou menos) articulada categoria
De prostitutas.
Somos todos filhos da mesma
Sempre desejando ser filhos da outra!
De prostitutas.
Somos todos filhos da mesma
Sempre desejando ser filhos da outra!
Nenhum comentário:
Postar um comentário