Aprendi a ser mais leve,
mas não menos denso.
Ando tenso com as pessoas,
mas creio em asas que nascem das coisas mais simples,
onde a mão não alcança: essas coisinhas brilhantes que balançam
no céu, mesmo quando não podemos vê-las,
mesmo que não as demos nome
ou as chamemos de estrelas,
essas que são as alminhas da gente (suas, minhas)
que sorriem contentes
não com o que somos ou deixamos de ser,
mas com o que sonhamos poder.
A vida vai me levando,
o tempo vem me trazendo.
Sou aquilo, mas queria ser isto.
Vivo, perene por enquanto.
Resisto, logo penso.
Penso, desisto, insisto,
e só existo porque estou aprendendo
a ser mais leve, muito mais leve,
mas não menos denso.
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